quinta-feira, 14 de março de 2013

Celulares mais baratos

Mais barato, celular com internet deslancha

Aproveitando cabe ressaltar a matéria do blog <Tecnologianavidadiaria.blogspot.com.br>, do professor Drº. Vivaldo sobre a queda dos preços dos aparelhos celulares, segue reportagem da folha confirmando a sua previsão. Acompanhem.

Por: Marianna Aragão

A medida foi aprovada em setembro passado mas aguardo um decreto que definirá o preço máximo para que o aparelho receba o benefício.

Cada vez mais baratos, os smartphones experimentaram novo salto de vendas no Brasil em 2012 e caminham para representar metade dos aparelhos celulares comercializados no país neste ano.

Segundo dados da consultoria IDC antecipados à Folha, foram vendidos 16 milhões desses aparelhos no ano passado, expansão de 78% em relação a 2011.

Com isso, os smartphones passaram a responder por 27% das vendas de celulares no Brasil --em 2011, a participação foi de 11%.

Os principais motivos para o crescimento, afirmam especialistas, são o aumento do número de modelos disponíveis no mercado, graças ao foco das fabricantes neste mercado, além da queda do preço médio do aparelho.

No ano passado, o valor médio pago por um smartphone no Brasil foi de US$ 380, 19% menor que em 2011. Há dois anos, o aparelho custava US$ 558.

"Já existem mais de 160 modelos diferentes no país, muitos com preços acessíveis à população de menor renda, de até R$ 350", diz Leonardo Munin, analista da IDC.

A consultoria estima um avanço de 80% nas vendas neste ano, para cerca de 29 milhões de unidades, ou 44% do total de celulares.

Esse percentual pode ser ainda maior dependendo da regulamentação da lei que incluiu os smartphones na Lei do Bem, que concede isenção fiscal para os aparelhos.

Neste momento, o projeto está parado na Casa Civil, à espera de um parecer do Ministério da Fazenda. Dependendo da abrangência da isenção, estima-se que a Lei do Bem possa reduzir os preços em 10%.

Os modelos com preço acima de R$ 1.000, que em 2010 representavam 40% do volume de vendas no país, hoje responde por apenas 22%.

A operadora Oi tem reforçado a oferta dos aparelhos inteligentes em suas lojas. Segundo Bernardo Weisz, diretor da Oi, até o final do ano, metade da portfólio da companhia será de smartphones.

"Estamos respondendo à expectativa de nossos consumidores com uma oferta agressiva", diz. "É um crescimento verificado em todas as classes sociais, inclusive entre os usuários de pré-pagos."

O mercado de celulares como um todo teve queda no ano passado, de 11% em unidades e 3% em valor.

O encolhimento se deve à redução das vendas dos modelos tradicionais (feature phones), de 25%.

"Há um movimento de migração para os smartphones, reflexo do barateamento do produto e da educação do consumidor, que está mais exigente", diz Ivair Rodrigues, da IT Data. Segundo ele, essa substituição deve pautar daqui pra frente o mercado no país, já maduro.

TROCA

O Google anunciou ontem a substituição do chefe da divisão de seu sistema operacional Android, o executivo Andy Rubin. Em seu lugar, entrará Sundar Pichai, atual vice-presidente de Chrome e Apps da companhia.

A plataforma do Google é usada pela maioria dos grandes fabricantes de aparelhos móveis, como Samsung e HTC. A empresa informou que Rubin continuará no Google.

Editoria de Arte/Folhapress








ARAGÃO, Marianna; Mais barato, celular com internet deslancha. De São Paulo. Mercado. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1245963-mais-barato-celular-com-internet-deslancha.shtml> acesso em março de 2013.


quarta-feira, 13 de março de 2013

A nova revolução industrial...


'Nova revolução industrial será maior do que a web', diz Chris Anderson



Por: MARCO AURÉLIO CANÔNICO
Maio.2011 - Divulgação/Wired
Chris Anderson, 51, ex-editor da revista "Wired" e autor de pensamentos infuentes do mundo digital
Chris Anderson, 51, ex-editor da revista "Wired" e autor de pensamentos infuentes do mundo digital

O futuro será manufaturado. Por você, diretamente da sua casa, graças à máquinas como impressoras 3D.

Essa é a visão que o inglês Chris Anderson, 51, um dos principais pensadores da era digital, defende em sua obra mais recente, "Makers - A Nova Revolução Industrial", e na entrevista que deu à Folha, por telefone.

Autor de dois livros --"A Cauda Longa" (2006) e "Free" (2009)-- que lançaram ideias bastante influentes sobre o futuro da web, o ex-editor-chefe da prestigiada revista "Wired" deixou seu antigo emprego em novembro passado para se dedicar a sua companhia, 3D Robotics.

Nela, dedica-se a outro futuro em que acredita: o dos drones, espécie de robôs aéreos dotados de câmeras e controlados à distância, que cumprem diversas funções.

*
Folha - O sr. defende que a próxima revolução virá da manufatura digital. Por quê?
Chris Anderson - É o que acontece quando o modelo de inovação da web encontra a grande indústria. O mundo muda não por causa da tecnologia, mas das pessoas que a utilizam. Quando novas tecnologias se espalham, elas se democratizam, chegam às mãos das pessoas comuns. Se você democratiza algo poderoso como a manufatura, tem uma explosão de criatividade, novas companhias, novos produtos, inovação mais rápida. Foi o que aconteceu há 40 anos com o PC, há 20 anos com a internet. Essa nova revolução industrial será maior do que a web.

Quais são as limitações atuais da impressão 3D?
A situação é parecida com a de 1985, quando tínhamos impressoras industriais com grande resolução, mas, para desktop, tínhamos apenas as matriciais. Hoje a indústria tem impressoras 3D que conseguem imprimir em altíssima resolução usando vidro, aço, ouro, todo tipo de material incrível. É possível imprimir até comida, órgãos humanos feitos com células vivas. Enquanto isso, as de uso doméstico têm resolução baixa e trabalham com plástico. Mas as impressoras atuais estão ficando melhores mais rapidamente do que as de 1985. Impressão 3D multicolorida, de alta resolução, em material condutor, isso será real antes do fim da década.

Sua empresa fabrica drones, e eles têm sido muito criticados por sua utilização militar e por questões de privacidade. Como o sr. vê essas polêmicas?
Nós não fazemos nada [para uso] militar, apenas civil, a maioria para coisas como agricultura. Há muito debate sobre o uso militar, mas isso acontece com qualquer tecnologia, os computadores costumavam ser tecnologia militar, a internet também, e hoje são civis. Em termos de privacidade, é apenas um novo exemplo da discussão em torno das câmeras. As de telefone trouxeram novos desafios ligados à privacidade, as câmeras de tráfego e as webcams também, e agora temos as aéreas [nos drones]. É parte da marcha da tecnologia, as câmeras estão em todo lugar. Posso garantir que seu smartphone é muito mais problemático do que os drones, em termos de privacidade.

Devemos nos habituar a viver com menos privacidade?
Está muito claro que gerações diferentes têm visões diferentes sobre quanta privacidade querem ter. Na Europa, a visão é que o governo deve proteger a privacidade [dos cidadãos], nos EUA não, ela é vista como uma questão de escolha pessoal. A prática nos EUA é informar e deixar as pessoas decidirem quanto elas querem compartilhar. As empresas nem sempre são boas nisso, mas essa é política geral, o usuário escolhe quanta privacidade quer. Se você escolhe muita privacidade, talvez o serviço não seja tão útil. A única solução é deixar claro para as pessoas e deixá-las decidir se querem fazer essa troca. Não há uma regra única sobre privacidade que sirva para todos.

O "NYT" noticiou recentemente que um número sem precedentes de start-ups estão avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais. É uma nova bolha?
Estou nessa área há 12 anos, e as pessoas me perguntam isso quase todo ano. Posso dizer que, diferentemente da bolha de 1999/2000, que derrubou mercados de ações inteiros, porque quem investia eram pessoas comuns, agora estamos falando de investidores profissionais. Então, se houver uma bolha, não acho que haja um risco social.

A liderança do Vale do Silício em inovação digital pode ser ameaçada por outros países?
Não pensamos mais em termos geográficos. Eu vivo no Vale do Silício, que tem a maior densidade de empresas tecnológicas, mas tenho uma fábrica em San Diego, outra em Tijuana, temos parceiros em Zurique (Suíça), um de nossos principais desenvolvedores está em São Paulo. Encontramos tecnologia interessante e boas companhias em todo lugar.






CANÔNICO, Marco Aurélio; 
'Nova revolução industrial será maior do que a web', diz Chris Anderson. Do Rio. Tec. Disponível em




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Para os apaixonados pelo Office...


Microsoft Office 2013 é um bom conjunto de pequenas novidades


Plano de assinatura é a melhor opção para famílias ou pessoas que usam vários computadores


Por: EMERSON KIMURA


No final de janeiro, a Microsoft começou a vender o Office 2013, nova versão de sua popular suíte de escritório, em ofertas para usuários finais.

As novidades incluem, além das funcionalidades adicionadas aos programas do pacote, um novo modelo de venda.
Nos próximos parágrafos, discorro sobre as principais mudanças em relação a software; na segunda parte do texto, abordo a comercialização do produto.

OFFICE 2013

O Office 2013 é compatível com Windows 7, Windows 8, Windows Server 2008 R2 e Windows Server 2012. Você pode conferir todos os requisitos do sistema no site da Microsoft.

A instalação do pacote é rápida. Você acessa o site do Office e faz o download de um arquivo pequeno. Após executá-lo, basta esperar um pouco para começar a usar os programas --antes mesmo de a instalação terminar. Isso é possível porque a suíte usa um tipo de instalação por "streaming", que prioriza a disponibilização dos recursos mais usados e dos que você tentar usar.

Os programas continuam a usar a interface Ribbon, com as ferramentas organizadas em abas (no lugar de barras), mas apresentam um novo visual, que segue a linguagem do Windows 8 --mais limpo e simples, com linhas retas e sem muita firula. Até a movimentação do cursor durante a digitação está mais elegante, com uma animação mais fluida.



Um modo especial para telas sensíveis ao toque aumenta o tamanho de elementos como botões e ícones e facilita um pouco o uso dos dedos. É um recurso útil, mas não transforma o Office em um software ideal para trabalhar com toques -para isso, seria necessária uma interface totalmente redesenhada, como a do Internet Explorer no Windows 8.

O Office 2013 está mais integrado à nuvem e às redes sociais. Os aplicativos têm o SkyDrive como local-padrão para salvar arquivos e acesso rápido a opções de compartilhamento.

O novo modo de leitura do Word, que oculta ferramentas de edição, é especialmente útil em telas menores. A edição de arquivos no formato PDF, outra novidade, pode distorcer um pouco a formatação do documento, mas é conveniente principalmente para preencher formulários (que não incluam os devidos campos) e fazer alterações rápidas.

Agora é possível responder a comentários nos documentos, o que é muito útil em trabalhos colaborativos ou de revisão.

No Excel, os recursos Preenchimento Relâmpago (para preenchimento automático de células) e Análise Rápida (para opções instantâneas de formatação, gráficos, fórmulas e tabelas) podem facilitar o trabalho de usuários experientes e também ajudar iniciantes.

Os programas do Office 2013 podem ganhar recursos extras por meio de pequenos aplicativos disponibilizados na loja on-line do Office. A maioria deles é gratuita.

No Word, por exemplo, é possível instalar apps como o dicionário "Merriam-Webster", a enciclopédia "Britannica", uma calculadora e uma ferramenta para diagramas. O Excel tem opções para gerar dados aleatórios ou montar uma lista de filmes dinâmica com informações do site "Rotten Tomatoes". Para o Outlook, há um app do LinkedIn e outro para reservar o aluguel de carros.

Os apps funcionam dentro dos próprios programas e acrescentam recursos úteis, mais ou menos como as extensões para navegadores de web. A oferta é muito reduzida (e a loja brasileira ainda não foi aberta), mas o potencial parece grande.

Com essas e outras novidades, o Office amplia a vantagem sobre seus concorrentes. Há uma área, porém, em que ele continua muito atrás do gratuito Google Drive : trabalho colaborativo on-line.

No Office, a edição de um documento por várias pessoas ao mesmo tempo é muito limitada --as mudanças feitas pelos outros usuários não são exibidas em tempo real, diferentemente do que ocorre na solução do Google.

Interface moderna com opção para toque, integração à nuvem, loja de apps... Com tudo isso, o Office fica em maior conformidade com os dias de hoje. No geral, não há uma novidade que se destaque muito em relação às outras, mas o conjunto delas forma um bom pacote. A soma coesa das novas funcionalidades é o maior atrativo do Office 2013.



OFFICE 365

O novo Office pode ser adquirido pelo usuário final de duas maneiras: com um plano de assinatura ou com uma licença permanente.

Esta segue o modelo mais tradicional e conhecido: você paga uma única vez e adquire o direito de usar os programas para sempre --mas apenas em um computador. Os pacotes custam a partir de R$ 239 (Office Home & Student 2013).

A grande novidade é o modelo de assinatura, antes disponível apenas para empresas. O plano Office 365 Home Premium custa R$ 179 por ano ou R$ 18 por mês e dá aos assinantes o direito o direito de usar o pacote em até cinco equipamentos diferentes.

Esses cinco computadores podem ter sistema Windows ou Mac. No caso deste, a versão mais recente do pacote é o Office 2011, mas as atualizações dos programas estão inclusas na assinatura. Ou seja, o assinante pode instalar as novas versões da suíte assim que elas são lançadas --independente do sistema e sem precisar pagar um valor adicional.

A sincronização de informações de uso é outro atrativo do plano. Dados como configurações, histórico e o ponto em que você parou no documento podem ser acessados em diferentes equipamentos.

O assinante ainda ganha 20 Gbytes de armazenamento extra no SkyDrive, 60 minutos por mês no Skype e o Office on Demand, recurso que permite o uso de programas da suíte em qualquer equipamento com Windows 7 ou Windows 8 conectado à internet --mesmo sem conta de administrador.

No geral, o Office 365 Home Premium é uma oferta mais atraente do que uma licença permanente do pacote, principalmente para famílias e para pessoas que usam vários computadores.

A desvantagem é que você precisa pagar enquanto quiser usar o Office, e nada garante que a Microsoft não aumentará os preços de maneira abusiva. Quando a assinatura acaba, os programas entram em modo de leitura --não é possível usá-los para criar ou editar documentos.

As licenças permanentes do Office 2013 podem ser opções melhores para quem usa um único computador. Essa compra pode ser mais vantajosa principalmente para quem usa apenas Word, Excel, PowerPoint e OneNote --os programas do pacote Home & Student (R$ 239).

Para quem precisa de Outlook, Access ou Publisher, o Office 365 pode oferecer melhor custo-benefício, mesmo que seja para uso em um só computador. Isso porque a inclusão desses programas, já oferecidos no plano de assinatura, aumenta muito o preço dos produtos com licença permanente --o pacote Home & Business sai por R$ 589; o Professional, por R$ 1.079.

Por fim, o Office é e continua a ser a melhor suíte de escritório do mercado, mas, se você não precisa de recursos específicos ou exclusivos do software da Microsoft, pode optar por alguma solução gratuita, como o OpenOffice, o LibreOffice ou o próprio Google Drive.






KIMURA, Emerson; Microsoft Office 2013 é um bom conjunto de pequenas novidades. De São Paulo. Tec. Disponível em 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Software nas nuvens...


Pequenas empresas usam novos softwares para gerenciar finanças



Por: FILIPE OLIVEIRA




Cuidar das contas de micro e pequena empresa com papel e caneta ou tabelas de Excel está ficando no passado.

O crescimento da computação em nuvem tem possibilitado o surgimento de novos softwares de gestão financeira com baixo custo, mobilidade e facilidade de uso.

Entre as empresas que oferecem os programas estão tanto as mais tradicionais do setor, como SAP e Totvs, como também start-ups que vêm apostando na simplicidade de blogs e redes sociais.

No modelo em nuvem, não é necessário investimento em estrutura, como servidores para a instalação dos softwares e armazenamento dos dados. As informações ficam guardadas em datacenters e podem ser acessadas por meio de dispositivos como smartphones e tablets.

Com os softwares, é possível acompanhar, por exemplo, fluxo de caixa, estoque e compras. Alguns programas oferecem emissão de nota fiscal eletrônica e boleto bancário (veja abaixo).

Editoria de Arte/Folhapress
MAIS TEMPO

A ContaAzul é uma das start-ups que oferecem, desde 2012, controle financeiro por um custo mensal.
O presidente da empresa, Vinicius Roveda, 30, diz que a ideia para o software surgiu de uma necessidade que sentia como empresário.

"Éramos quatro sócios e não dava tempo para cuidar da parte administrativa. Ficava para o final de semana."

Caio Sigaki, 29, conheceu o serviço da ContaAzul em um evento de start-ups. Adotou a solução para seus franqueados da Elefante Verde.

A franquia atua, na internet e em escritórios físicos, em diferentes cidades como uma plataforma de anúncio de ofertas locais. Sigaki escolheu uma assinatura básica para cada franqueado.

"Optamos por usar a solução pronta em vez de criar um software específico para nós. Assim ganhamos tempo para outras coisas."


Gabriel Gaspar, 33, lançou o Nibo no mês passado. Como Roveda, aposta na simplicidade como diferencial.

"A maioria dos softwares se propõe a resolver todos os problemas fiscais e contábeis. Mas a legislação do Brasil é complexa e, para mexer nesses programas, o camarada tem de ser um PhD", diz.

Um dos que já usam o novo serviço é Carlos Fernandes, 49, da Mac Bebê, que trocou as planilhas no computador pelo programa. A empresa faz sapatos para bebê.

"Era um inferno, passávamos o dia inteiro mexendo com tabelas e nunca estava bom. Agora eu e minha assistente não gastamos mais de uma hora por dia e posso ver tudo de qualquer lugar."

Leticia Moreira/Folhapress
Caio Sigaki, dono de empresa que divulga promoções na web, passou a usar o serviço em nuvem para seus franqueados
Caio Sigaki, dono de empresa que divulga promoções na web, passou a usar o serviço em nuvem para seus franqueados

GRANDES EMPRESAS

Segundo Sandra Vaz, vice-presidente de Ecossistema e Canais da SAP, a empresa está procurando parceiros para conseguir atingir em 2013 as 200 maiores cidades do Brasil com o SAP Business One OnDemand, solução voltada para o segmento.

Como atrativo do produto, ela destaca a possibilidade de aumentar o valor de mercado da empresa ao utilizar um software auditado e utilizado internacionalmente.

Da mesma forma, a brasileira Totvs está adaptando os seus serviços em nuvem para pequenas empresas e buscando parceiros na distribuição, afirma Araquen Pagotto, diretor de Small Business da companhia.

"A computação em nuvem é o futuro. Hoje a mobilidade está indo ao encontro da necessidade do mercado. Ninguém precisa estar atrás da mesa para trabalhar."




OLIVEIRA, Filipe; Pequenas empresas usam novos softwares para gerenciar finanças. COLABORAÇÃO PARA A FOLHA. Mercado. Disponível em




Trabalho compartilhado...


Escritórios compartilhados crescem e se especializam no país




Por: FELIPE MAIA;  LILO BARROS


Os espaços de "coworking", que reúnem profissionais autônomos e empresas iniciantes em um ambiente de trabalho comum, passam por uma fase de especialização no Brasil.

A proposta desses locais é alugar um espaço para que esses profissionais possam trabalhar, com direito a internet, telefone e locais para reuniões, a valores menores do que os exigidos em um escritório convencional -a taxa cobrada por uma vaga nesses espaços pode chegar a R$ 1.500 por mês, dependendo do plano escolhido.

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Frederico FeijÓ, supervisor do "coworking" Cartel 011, odalidade de compartilhamento de espaço em forma de condomínio
Frederico FeijÓ, supervisor do "coworking" Cartel 011, odalidade de compartilhamento de espaço em forma de condomínio

Há lugares tanto para profissionais "freelancers", que não querem trabalhar em casa, por exemplo, quanto para empresários com poucos funcionários.

A ideia inicial era abrigar em um só teto pessoas de diferentes setores, mas alguns desses negócios estão optando por juntar somente pessoas com afinidades e interesses comuns.

O The Hub, em São Paulo, é um exemplo. Lá, só são aceitas empresas que desenvolvam trabalhos de cunho social ou ambiental.

"O interesse pelo mesmo assunto facilita a geração de parceiras", afirma Henrique Bussacos, fundador do Hub.

Penélope Valente, 26, da Windeo, do ramo de energia solar e eólica, confirma que no espaço as pessoas "se ajudam muito, mesmo que não participem do projeto".

Karime Xavier/Folhapress
Penélope Valente, que trabalha em empresa que aluga mesas no HUB SP
Penélope Valente, que trabalha em empresa que aluga mesas no HUB SP

No espaço de "coworking" Cartel 011, em São Paulo, a especialidade é nas áreas de design e moda.

O supervisor do espaço, Frederico Feijó, explica que houve uma "seleção natural" na escolha dos integrantes.

"O Cartel começou como um espaço de eventos e loja. O público do [escritório de] 'coworking' é o mesmo que já frequentava o local", diz.

Ele considera que os negócios que se estabeleceram lá se beneficiam dos eventos que o escritório organiza.

Ariela Dorf, 24, da Gazpacho, uma produtora de vídeos de moda, diz que pesquisou muito até encontrar um local que se encaixasse no perfil de sua empresa.

Ela considera que se o ambiente tivesse pessoas de outras áreas áreas "que não têm nada a ver com esse tipo de trabalho" seria mais difícil levar um cliente até lá.

SOBRIEDADE

Enquanto alguns escritórios coletivos investem em setores específicos, outros apostam em atrair determinados perfis de clientes. O CWK, que funciona há dois anos em Belo Horizonte e abriu uma filial em São Paulo em 2012, posiciona-se como um espaço de "coworking" "menos bicho-grilo", nas palavras da sócia Paula Camanho.

"Antes de abrir a unidade de São Paulo, eu fui em quase todos os meus concorrentes e senti que todo mundo trabalhava mais ou menos do mesmo jeito, com ambiente mais descontraído, paredes coloridas e lugares para relaxar", afirma Camanho.

Ze Carlos Barretta/Folhapress
Juliano Kimura, 32, diretor da Trianons, com sua equipe em sala compartilhada com outras start-ups
Juliano Kimura, 32, diretor da Trianons, com sua equipe em sala compartilhada com outras start-ups

O CWK tem cara de escritório, com baias delimitadas e mobiliário sóbrio. A empresária diz que isso se reflete no tipo de pessoa que frequenta o local. "Uma vez eu recebi um consultor de gastronomia todo tatuado, descolado, senti que ele não se identificou com o lugar", conta.

Entretanto, há críticos dessa segmentação. Fernanda Nudelman, fundadora do escritório coletivo Pto de Contato, em São Paulo, diz não acreditar em "'coworkings de nicho". "Isso pode gerar concorrência entre as pessoas que estão ali e um certo conflito de interesses", afirma.

Para ela, a diversidade é um dos aspectos mais interessantes de frequentar esse tipo de lugar. "O mais legal é buscar na mesa ao lado alguém que tenha um conhecimento que te falta", opina.

Nudelman afirma que o local abriga profissionais de diferentes áreas, mas praticamente todos têm em comum o fato de estarem empreendendo. "Houve uma mudança de atitude. A pessoa não diz que está fazendo trabalhos 'freelancer', mas sim que está empreendendo, tentando crescer, agregar pessoas e criar uma marca para ela."

Esse estímulo ao empreendedorismo é levado ao extremo no escritório coletivo Plug N'Work, que fica na zona sul de São Paulo. Os donos do local têm como foco a criação de negócios e inclusive investiram dinheiro em uma das empresas que usa o espaço. "O negócio do 'coworking', de apenas fornecer cadeiras, não é tão interessante para nós", afirma Wilbert Sanchez, sócio do escritório.

Ele diz que os sócios da companhia, que têm experiência na administração de grandes empresas, costumam fazer reuniões de negócios com os empreendedores que se instalam no local, que também promove competições entre as start-ups (empresas iniciantes de base tecnológica) presentes ali.

SEM DISTRAÇÃO

Segmentados ou não, esses locais podem ajudar a elevar a produtividade dos profissionais.
Uma pesquisa global feita no fim do ano passado pela revista norte-americana Deskmag, especializada em espaços de "coworking", indica que 68% dos usuários se concentram melhor no trabalho e que 64% conseguiam cumprir melhor os prazos.

Francisco Burckas, 30, começou a atuar como consultor financeiro autônomo no ano passado e ocupa um desses escritórios.

Ele diz que sente uma diferença "gritante" em relação a trabalhar em casa. "Você precisa educar sua família, ou ela fica pedindo para que você faça 15 mil coisas, como se estivesse sem fazer nada. Ao ir para o seu espaço, você acaba com isso", conta.

Ele também cita como benefício poder utilizar os serviços das atendentes do escritório, que transmitem recados quando ele não está lá, e o fato de não precisar se preocupar com itens como limpeza, luz e aluguel de um escritório convencional.

Recorrer a esse tipo de espaço também ajuda a estabelecer parcerias. Juliano Kimura, 32, diretor-executivo da agência de publicidade Trianons, mantém uma estrutura enxuta, com oito funcionários, mas costuma contratar colegas de espaço para realizar trabalhos esporádicos.

"Se eu estivesse em um escritório fechado, eu teria de ligar e orçar. Aqui eu tenho tudo à mão. Isso me dá flexibilidade estrutural."

ESPAÇOS DE COWORKING EM SÃO PAULO


Estúdio Capanema

ONDE r. Barão de Capanema, 343, 6º andar, Jardins
QUANTO R$ 1.099 (contrato mensal)
INFORMAÇÕES www.estudiocapanema.com.br

0/xx/11/4111-9555



The Hub

ONDE r. Bela Cintra, 409, Consolação
QUANTO R$ 800 (pacote ilimitado de horas)
INFORMAÇÕES saopaulo.the-hub.net

0/xx/11/3539-8574



Cartel 011

ONDE r. Artur de Azevedo, 517, Pinheiros
QUANTO R$ 1.500 (contrato mensal)
INFORMAÇÕES www.cartel011.com.br

0/xx/11/3081-4171



Plug N'Work

ONDE av. Nova Independência, 1.061, Brooklin
QUANTO R$ 699 (pacote mensal; há outros tipos)
INFORMAÇÕES plugnwork.com.br

0/xx/11/5103-2209



Pto de Contato

ONDE r. Augusta, 2.690, 3° andar, Jardins
QUANTO R$ 700 (plano mensal, com direito a 120 horas de uso)
INFORMAÇÕES www.ptodecontato.com.br

0/xx/11/2626-0860


ESCRITÓRIOS COLETIVOS NO BRASIL

BeesOffice

ONDE r. Miguel Couto, 35, Grupo 603, Centro, Rio
QUANTO R$ 49 (contrato pela diária, com dez horas; há outros tipos de planos)

INFORMAÇÕES beesoffice.com
0/xx/21/2507-4755



Coworking Luz

ONDE r. Da Matriz, 93, Botafogo, Rio
QUANTO R$ 650 por mês (contrato por pessoa)
INFORMAÇÕES coworking.lojadeconsultoria.com.br/

0/xx/21/3576-6370



Wecompany

ONDE av. Das Américas, 500, Bloco 9, lojas 129 e 130, Barra da Tijuca, Rio
QUANTO R$ 149 (dez horas)
INFORMAÇÕES www.wecompany.com.br

0/xx/21/4063-3055:



Nós Coworking

ONDE av. Cristóvão Colombo, 545, prédio 2, 5º andar, Floresta, Porto Alegre
QUANTO R$ 5 (por hora)
INFORMAÇÕES www.noscoworking.com.br

0/xx/51/3018-7766



CWK Coworking

ONDE av. do Contorno, 6.413, 2º andar, Savassi, Belo Horizonte
QUANTO R$ 12 (valor por hora)
INFORMAÇÕES www.cwk.com.br

0/xx/31/2519-8600








MAIA, Felipe; BARROS, Lilo; Escritórios compartilhados crescem e se especializam no país. DE SÃO PAULO, COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, Negócios. Disponível em





sábado, 9 de fevereiro de 2013

Mudança de comportamento


Jovem está mais interessado em tablets do que em carros, diz 'pai' de Golf e Uno



Por: JOSIAS SILVEIRA
DE SÃO PAULO


Entre as centenas de objetos desenhados por este italiano de 74 anos, muitos deles se espalham pelo Brasil afora, principalmente os automóveis. Giorgetto Giugiaro é uma das grandes expressões do design italiano, tanto que em 1999 foi eleito o Designer do Século em Las Vegas (EUA). Junto com seu filho Fabrizio, 48, dirigem a Italdesign Giugiaro, hoje parte do grupo VW.

Divulgação
Giorgetto Giugiaro e seu filho Fabrizio Giugiaro na abertura da exposição 45 Anos de Design Italiano - divulgação
Giorgetto Giugiaro e seu filho Fabrizio Giugiaro na abertura da exposição 45 Anos de Design Italiano

A imensa lista de objetos que saíram da prancheta de Giorgetto vão de colheres a um trem de alta velocidade (o ETR600 Frecciargento), passando por uma infinidade de produtos que incluem máquinas fotográficas Nikon e embalagens de óleo lubrificante. Nos carros, a lista vai desde o primeiro VW Golf (lançado em 1974 e que inspirou o primeiro Gol "quadrado") e o popular Uno (agora Mille) até esportivos como o Lamborghini Gallardo ou o DeLorean, astro do filme "De Volta para o Futuro".

Na exposição paulistana, há quatro exemplos do design de Giugiaro sobre rodas: o pioneiro Golf alemão (que nasceu para substituir o Fusca), o Structura (feito em 1998 para comemorar os 30 anos da Italdesign), o Quaranta (conceito hibrido alusivo aos 40 anos da casa italiana) e o Astek (outro carro conceito, de 1988).

Principais projetos da Italdesign, de Giugiaro



Reprodução

DeLorean DM-12 (1974) ficou conhecido mesmo pelo filme “De Volta para o Futuro”


Veja trechos da entrevista de Giorgetto Giugiaro à Folha na abertura da mostra paulistana.

Folha- Como surgiu o Golf?



Giorgetto Giugiaro - Num salão europeu de automóveis em 1969, executivos da VW e jornalistas escolheram os seis melhores carros. Quatro tinham meu design. Eles queriam uma solução economicamente viável para substituir o Fusca. Acho que acertei, já que foram vendidos sete milhões de Golf na primeira geração.


Como o senhor vê a sua profissão?


Hoje um designer é presidente de um grupo coreano [o alemão Peter Schreyer, da Kia] e os engenheiros devem se adaptar ao que ele quer. Pena que seja apenas um. Em outra visão, muito tempo atrás, dei um novo jogo de panelas para minha mãe. Mas ela continuou usando as velhas dizendo que gostava mais delas. Eu repliquei: "mãe, não faz isso que eu fico sem trabalho". O processo criativo é semelhante para fazer um carro ou uma caneca.
Hoje, muitos jovens não se interessam pelos carros, preferindo os tablets, celulares, outras tecnologias...
Se um jovem dá o mesmo valor a um carro e a um refrigerador, é preciso mostrar que o automóvel é algo diferente. Não é um produto, é um meio para se alcançar muitas coisas e [para chegar a] muitos lugares. Ele deve ser algo que inspire liberdade, transgressão...
Um amigo meu, pastor de ovelhas, sempre andou com um velho Opel [subsidiária da General Motors na Europa], típico de um morador rural. Um dia, ele chegou com um belo Audi. Perguntei:"Mas isso é um carro de um pastor?" Ele respondeu: "Agora me sinto melhor. Esse carro manda outra mensagem, me sinto bem e as pessoas me observam com outros olhos".


Serviço


Giugiaro: 45 Anos de Design Italiano
Museu da Casa Brasileira
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705
De 6 a 20 de fevereiro,
Terça a Domingo, das 10h às 18h.
Ingressos: R$ 4
Domingos e feriados - gratuito





SILVEIRA, Josias; 

Jovem está mais interessado em tablets do que em carros, diz 'pai' de Golf e Uno. De São Paulo. Veículos. Disponível em




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Redes Sociais


Orkut foi destronado no Brasil por preguiça, diz fundador de rede social


Por: YURI GONZAGA


Yuri Gonzaga/Folhapress






















Americano Zaryn Dentzel, fundador e CEO da rede social espanhola Tuenti, fala na Campus Party
Americano Zaryn Dentzel, fundador e CEO da rede social espanhola Tuenti, fala na Campus Party




O Orkut, rede social do Google que perdeu o posto de mais popular para o Facebook em janeiro do ano passado, atrofiou em número de usuários por falta de investimento e acomodação, diz o fundador da rede social espanhola Tuenti, Zaryn Dentzel.

"O problema do Orkut é que ele não continuou a acreditar nele mesmo --e ficou preguiçoso. Quando você obtém sucesso, tudo é muito fácil. Você não precisa ser um gênio, basta administrar. E nessa fase é muito fácil deixar o sucesso escapar, porque você se acomoda", disse Dentzel durante uma palestra na Campus Party, evento que acontece até domingo (3) em São Paulo.

Segundo Dentzel, americano que é o executivo-chefe da rede social hoje controlada pela Telefônica, o Facebook conquistou o brasileiro porque, "ao contrário do Orkut, não focou na comunicação propriamente dita."

O empresário vê como um problema a ausência de "competidores consistentes" no mercado de redes sociais, amplamente dominado pelo Facebook, mas acredita que a transição dos hábitos virtuais da web para os celulares e tablets colabora para o surgimento de novos sites do tipo.

"Antes nós tínhamos que bater de porta em porta em busca de novos usuários. Hoje um site se torna viral na velocidade de um clique. Veja o Instagram", diz, referindo-se ao serviço comprado pelo Facebook por cerca de US$ 700 milhões, um ano e meio após seu lançamento.

Dentzel diz que o time de desenvolvimento do Tuenti "se foca totalmente" em desenvolvimento para celulares e tablets, há dois anos. O Android, diz o americano, é o sistema responsável pela maior parte dos acessos de seu site.

Dentzel acredita que ainda há demanda por outras redes sociais. "Você tem de adaptar-se constantemente. Não é perder o foco, mas observar o ambiente à sua volta e adaptar-se a ele. Sempre é possível competir."


GONZAGA, Yuri; Orkut foi destronado no Brasil por preguiça, diz fundador de rede social.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA. Tec. Disponível em